Release - II Mostra Poesia Cinética de Cine Experimental - 2024

 II MOSTRA POESIA CINÉTICA DE CINE EXPERIMENTAL 2024 

duração total 1h20min . classificação indicativa: 14 anos



A Mostra Poesia Cinética de Cine Experimental 2024, na sua segunda edição, constitui uma ação que promove o movimento de interlocução entre a poesia e o cinema, com a proposta de exibição de videopoesias, curtas experimentais, e, poesias cinéticas, obras realizadas por autores, poetas, cineastas, artistas multi ou transdisciplinares reunidos para um evento cinematográfico. O evento conta com a curadoria de autores-realizadores de poesia e cinepoesia, Marcia Poppe, Fer Canelas, e Eduardo Criva, e, com os convidados Patricia Niedermeier e Cavi Borges apresentando o curta experimental CÂMERA OLHO, com uma investigação poética-visual sobre o olhar, o desejo e o cinema. A obra MÃE RECICLÁVEL de Marcia Poppe, em devaneios poéticos indica que cabe um oceano de lixo orgânico e reciclável na barriga da mãe reciclável, essa obra está no acervo da Mostra, ambas estão fora da indicação do JÚRI POPULAR. As vinte obras selecionadas para a Mostra vieram de norte a sul do Brasil, com algumas participações internacionais e foram distribuídas nos capítulos: I- SOPRO, II- TERRITÓRIOS e III- SEIOS D’ÁGUA.

O circuito de exibição da mostra estreia na Casa Gueto, no evento da FLIP de Paraty 2024 no dia 12 de outubro às 20h. Em seguida vai para a cidade do Rio de Janeiro na Casa França- Brasil no dia 29 de novembro às 17h com bate-papo e exibição. Em dezembro do dia 03 ao dia 09 a Mostra fica disponível na plataforma online da Cinemateca do MAM. No dia 10 de dezembro às 19h a Mostra anunciará a obra escolhida pelo JÚRI POPULAR como a "Poesia Cinética Cine Inspiração 2024", através do canal online da Cinemateca do MAM, com bate-papo entre parceiros, curadores e realizadores. 

Esse ano a Mostra faz uma homenagem a Agnès Varda e sua Cinescrita, termo por ela criado. Ela foi uma fotógrafa e cineasta precursora da Nouvelle Vague que propõe um cinema autoral, onde prioriza as questões existenciais das personagens, rompendo regras comuns à jornadas heróicas. Nos seus curtas experimentais, ela recorre ao improviso, com obras de baixo custo, utiliza novos atores, tem uma montagem inesperada, sem concessões às linearidades narrativas. Essa homenagem faz a conexão da Cinescrita de Varda com o universo da Cinepoesia da Mostra que privilegia as perambulações, o fluxo de pensamento, os deslocamentos, as questões existenciais, a vivência cotidiana, o acaso, os gestos, os jogos semânticos. A ação, a reação e os discursos edificantes não são o foco. Assim, os artistas-autores-realizadores-curadores como antenas do mundo, mundo esse absurdo, que sempre foi e será? Assim, se faz presente essa forma de expressão legítima, a Cinepoesia que rasga as narrativas heróicas plastificadas e sopra seus rios para os abismos reais.





HOMENAGEM

Agnès Varda


CONVIDADOS


CÂMERA OLHO - 4min. 

Direção de Patricia Niedermeier e Cavi Borges. Brasil, 2024.   


Patricia Niedermeir é atriz, diretora e bailarina. Já dirigiu dezenas de videoartes, longas e curtas.


Cavi Borges é diretor , produtor e distribuidor. Já realizou centanas de filmes entre curtas, médias, longas, séries de tv, videoclipes e videoartes


Direção de Patricia Niedermeier e Cavi Borges.

Câmera: Cavi Borges / Montagem finalização: Tainan Hsu / Produtores: Joege Jaber, João Lanari e Marisa Aragão / Performance: Patricia Niedermeier / Citações textuais de: Roland Barthes, Agnès Varda, François Truffaut.


Sinopse: uma investigação poética-visual sobre o olhar, o desejo e o cinema.


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ACERVO


MÃE RECICLÁVEL - 4min. 

Direção e poesia de Marcia Poppe. Brasil, 2024.


Marcia Poppe é cineasta com processo artístico na poética transdisciplinar. Assina a direção e realização de obras audiovisuais autorais, com trabalhos selecionados em festivais nacionais e internacionais. Faz parte da equipe de autores-curadores da Mostra Poesia Cinética de Cine Experimental.


Direção/ poesia/ montagem / roteiro / narração / atuação: Marcia Poppe @poppemarcia

Direção de fotografia: Eduardo Criva @e__criva

Trilha sonora: Guto gonzalez @gutogonzalez

Produção: Corpo cine. @corpocine


Sinopse: Cabe um oceano  de lixo orgânico e reciclável na barriga da mãe reciclável. Ela não cabe, mas todos cabem.


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CAPÍTULO I - SOPRO


PRÓLOGO - 4min. 

Direção de Natália Dornelas. Poesia de Juane Vaillant. Brasil, 2023. 


Natália Dornelas é formada em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e pós graduanda em Estudos Afro-Latino-Americanos e Caribenhos pelo Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO). 


Juane Vaillant é escritora, roteirista e produtora audiovisual e cultural. Publicou 4 livros, dentre eles o de contos fantásticos "O mundo de cá" e o de dicas literárias "Uma palavrinha". Dirigiu os curtas “90 Rounds” e “Deusa Menina”. Os trabalhos de Juane são ligados à ficção especulativa, principalmente à fantasia.


Direção: Natália Dornelas @_natalia.dornelas

Poesia por - Juane Vaillant @juanevaillant

Com Anielle Paola @anielle_paola

Narração por - Ana Claúdia Miguel @ana.claudia.miguel

Direção de Fotografia: Tati Franklin @tatiwfranklin

Assistência de Fotografia - Suellen Vasconcelos @suellenvss

Desenho de som - Gisele Bernardes @coqueteldegroselha

Montagem: Natália Dornelas @_natalia.dornelas


Sinopse: Todos os corpos são vistos da mesma forma? “Prólogo” questiona a representação e o apagamento de corpos  negros, sobretudo os corpos de mulheres negras, na arte e como esse corpos são lidos muitas vezes  neste lugar de escuridão, da penumbra, do não visto. 


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SÓ 10% É PRAGA - 4min39s. 

Direção de Angela Quinto e Silvia Mecozzi. Poesia de Angela Quinto e Josely Vianna Baptista. Brasil, 2024. 


Silvia Mecozzi: Atua com vários suportes, desde gravura em metal, escultura em pedra, até vídeo-arte. Parte do corpo humano, vivo e mortal, seus fluxos, abstrações e proximidades, em relação aos perigos ambientais que enfrentamos.


Angela Quinto: Artista caminhante, transita entre poesia, artes visuais e performance. Memória, imaginário e outridade formam o eixo de sua atuação.


Direção/concepção/roteiro: Angela Quinto  @angela.quinto.5

                                             Silvia Mecozzi  @silviamecozziatelier

Performance:  Angela Quinto

Objetos/ corpo em tripa: Silvia Mecozzi

Imagens e vídeo: Mariana Galander @marianagalander

Fotografia: Moyra Madeira  @moyramadeira

Montagem/ edição: Marcio Vasconcelos   @marcio.vaz.gomes

Iluminação: Silvia Mecozzi

Trilha sonora: Gustavo Trivela do Vale  @gustavo.trivela.dovale

                       Silvia Mecozzi

Poemas: Nada está fora do lugar  Josely Vianna Baptista  @joselyvianna

               Livru pru kupi’i cumê  Angela Quinto


Sinopse: cupins (como signo) saem do ventre da terra, como vetores de força de uma linguagem análoga ao sistema corpóreo, um semi-dizer deixado por seus rastros, agenciando novas organizações sociais.


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EURÍDICE, - 5min. 

Direção e poesia de Isabela Rossi. Brasil, 2024.


Isabela Rossi (1993) é atriz, dramaturga e montadora da Companhia Balé de Pancadaria. Formada pela Escola de Arte Dramática da USP e em Filosofia pela Unicamp, pesquisa a relação entre montagem, literatura e música na construção de dramaturgias da personagem e atualmente desenvolve e produz o "miss pânico morning.project”.


Direção, concepção, montagem e realização: Isabela Rossi. @__isabelarossi

Apoio de câmera: Carlos Rossi

Apoio técnico: Chicão Rossi


Sinopse:

Eurídice, a amada de Orfeu, no século XXI, já não é mais uma ninfa. É uma trabalhadora comum. Opera câmeras obsoletas. Ovídio, outrora, talvez já soubesse dessa barra, mas precisou escrever em suas "Metamorfoses" outra história para garantir alguma fascinação. Neste tempo, por que os amantes negociariam, ainda, trocas com o inferno? O "paraíso dos vivos" tem sido tão destruidor quanto as imagens sombrias que povoam nossas vidas quando imaginamos o que possa ser um outro submundo. Talvez até o inferno esteja cansado de ser infernal. Para honrar a força intempestiva que ainda é capaz de movimentar a história de um grande amor, cantando as suas faltas, Orfeu aparece mesmo só nesta sinopse, enquanto Eurídice, na jornada dos nenhuns, abandona a reverência dos olhos de quem somente olha para trás.


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IRACEMA VOOU PARA MARICÁ - 3min15s. 

Direção de Nathalia Lambert. Poesia de Iracema Macedo. Brasil, 2024.  


Iracema Macedo nasceu em Natal, em 1970. ( poeta e autora dos livros Lance de dardos, Invenção de Eurídice, Poemas inéditos e outros escolhidos, Cidade Submersa, Canção da mulher que virou barco. É doutora em Filosofia pela Unicamp com a tese Nietzsche, Wagner e a época trágica dos gregos.


Nathalia Lambert, é pesquisadora iconográfica. Formada em Filosofia e audiovisual, trabalhou como editora de vídeos e criadora de conteúdo para audiovisual e, desde 2006 com pesquisa de conteúdos - iconográficos, históricos e conceituais - em projetos culturais.  


Poemas: Iracema Macedo @iracemamacedo2024

Direção: Nathalia Lambert @_tenteoutronome_


Sinopse:

Iracema voou para Maricá se refere ao nomadismo da própria poesia e ao nomadismo real, geográfico de uma ser feminino performado em aparentes voos em cenários urbanos diversos do Nordeste ao Rio de Janeiro, traduzindo os desafios da desterritorialização dentro do próprio país, bem como a necessidade de criar novas raízes possíveis para uma vida em devir, em movimento entre muros, aeroporto, vida metropolitana, até a tentativa de descanso entre as garças, um pouso na natureza.


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MINUTA DE GOLPE - 2min15s. 

Direção de Claudia Aguiyrre. Poesia de Cátia Cernov. Brasil, 2024. 


Cátia Cernov 

Escritora de poesia e ficção científica. Compositora, atua em performance poético-musical e audiovisual, com videopoemas já premiados e selecionados em mostras. Com uma escrita de poesia que abrange temas como tecnologia, filosofia, astronomia e cyber-espaço, desenvolvidos em linguagem mística.


Claudia Aguiyrre é cineasta, artista multimeios, poeta, educadora e pesquisadora. Atualmente desenvolve investigação artística na área imagética, na qual funde estéticas e linguagens de diversas heranças criativas, traçando relações entre a criação poética e a experimentação audiovisual. Tendo crescente produção em videoarte com a idealização e direção de videopoemas e videoclipes, desenvolve também a função de direção criativa em projetos audiovisuais, musicais e poéticos.

Direção e produção: Claudia Aguiyrre @claudia_aguiyrre

Poemas e co-produção: Cátia Cernov  @catia.cernov 

Sinopse: 

O videopoema [Minuta de Golpe] é uma experiência colaborativa entre a cineasta, multiartista e pesquisadora Claudia Aguiyrre e a poeta e artista Cátia Cernov. O poema original e homônimo é uma resposta às tentativas de roubo da democracia brasileira. Os versos geram um limbo, um universo paralelo, na busca por uma sentença que signifique de fato justiça, como também estruturas alternativas para os poderes hoje estabelecidos.  

O videopoema busca alcançar composições originais para imagens já desgastadas pelo uso em excesso, a partir da sobreposição de várias camadas de fotografias e vídeos garimpados em plataformas que disponibilizam arquivos para uso livre. Imagens e poema diluem-se em novos sentidos gerados pelas relações entre elas.


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TRANSAÇÃO ORACULAR - 2min17s. 

Direção de Fernando Ferreira Ananis. Brasil, 2024. 

Fernando Ferreira Ananis

Formado em Comunicação Social pela UFMT e doutorando em Linguística

pela UNICAMP, Fernando Ferreira Ananis (29 anos, cuiabano) é escritor. Em 2023,

publicou o livro Transação Oracular. Desde sempre, persegue as relações entre a

música, a imagem e a palavra escrita e dita em voz alta.


Direção Geral e Poesia: Fernando Ferreira Ananis  @fernandofananis

Performance: Deborah Pereira  @deborahdebsdebi , e, Antônia, a gata

Captação e Montagem: Fernando Ferreira Ananis

Trilha Sonora e Voz: Fernando Ferreira Ananis

Textos: “Transação Oracular” e “Embaralhando Espelhos”, da obra Transação

Oracular, de Fernando Ferreira Ananis


Sinopse:

Enquanto Madame Zoom prepara sua mesa, o destino se embaralha:

animais, plantas e vultos se cortam, se fundem e trocam de posição. Entre moedas

e baralhos oraculares, suas mãos sacam da bolsa um acervo de símbolos em

transição.

Cinescrita do miniconto Transação Oracular e do poema Embaralhando

Espelhos (da obra Transação Oracular, de Fernando Ferreira Ananis


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DESTEMPEROS - 3min40s. 

Direção e poesia de Lilian Schmeil. Brasil, 2024. 


Lilian Schmeil nasceu em Curitiba mas reside em Florianópolis.  É mestre em Antropologia Social, foi professora universitária, produtora cultural e hoje dedica-se a escrita de haicais, poesia visual, contos, roteiros e vídeos poemas experimentais. 


Autor e diretor: Lilian Schmeil @hai_quases @lilianschmeil

Edição de imagens e som:  Douglas Luan da Rosa @siriestudio @pokolimao

Trilha sonora: Diogo de Haro @diogodeharo 


Sinopse: 

Destemperos é um video poema, com uma seleção de haicais inspirados na solidão de um universo social e pessoal, em ruínas. Um mundo pós catástrofe.  


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FLUTUA - 5min. 

Direção e poesia de Gabriel Alvarenga. Brasil, 2023. 


Gabriel Alvarenga

Carioca de nascimento, capixaba de criação, Gabriel Alvarenga é escritor, psicólogo e professor, misturando arte e vida em seu percurso. Autor de cinco livros em literatura, encontra na literatura um campo de liberdade, ousadia e afetividade onde contar histórias se apresenta como potência da vida, desafio estético e encontro explosivo.

Gabriel Alvarenga: autor, filmagem, narrador e editor. @aomarpelorio 


Daniel Stringini: trilha sonora de suas músicas autorais. @daniel_stringini


Sinopse: 

Partindo da combinação alternada de duas cenas, uma flâmula ao vento e duas pipas em formato de polvo planando no céu, o curta traz o conto “Flutua” de Gabriel Alvarenga que relata a passagem de um vendedor de balões por uma rua escura do bairro do Catete. Acompanhado da trilha sonora das músicas de Daniel Stringini, o curta busca criar uma atmosfera poética de experimentação e afetuosidade em cenas a partir de cenas banais do cotidiano, explorando sensações de companhia, solidão, fragilidade e vivacidade.


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CAPÍTULO II - TERRITÓRIOS


TECENDO CAMINHOS - 3min54s. 

Direção de Katarina Silva, Henfil, e Cled Pereira. Poesia de Katarina Silva. Brasil, 2022. 


Cled Pereira é graduado em direção de fotografia pela Escola de Cinema de Barcelona (ECIB) e trabalha como Diretor de fotografia, operador e assistente de câmera. 


Henfil é um artista mineiro, atualmente residente em Brasília - DF. Perpassa por diferentes campos no Teatro e no Audiovisual, sendo diretor, roteirista, dramaturgo, produtor cultural, ator e videomaker. 


Katarina Silva é uma artista autodidata, nascida e criada na periferia do Distrito Federal. Hoje se consolida como realizadora audiovisual, fotógrafa e videomaker, tendo experiência com direção, roteiro e atuação em seus trabalhos autorais “Tecnogênese” e “Tecendo Caminhos”. 


Direção geral: Katarina Silva (@_vkata), Henfil (@henriquefho) & Cled Pereira (@cledpereira)

Produção: Katarina Silva, Henfil & Cled Pereira

Autora da poesia & Atriz: Katarina Silva

Trilha Sonora: Matheus Abreu (@matheabreu) [Vitoriana Records @vitorianarecords]

Apoio: Mundo em Foco (@mundo_emfoco), Três Produz & oBarco Estúdio  


Sinopse: 

Filmado em tomada única com uma câmera Super8, o curta "Tecendo Caminhos" acompanha uma mulher de máscara percorrendo os cartões postais de Brasília, enquanto é tomada por indagações sobre a sua origem e destino. Ao tratar sobre a desigualdade econômica e social na cidade mais desigual do Brasil, o curta busca estabelecer ligações entre a imagem consolidada de Brasília com a vida da periferia: dentre monumentos, concretos e a higienização perpetuada no Plano Piloto de Brasília, a Rodoviária localizada no coração da cidade parece o único lugar em que a periferia se sente pertencente.


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VIDEOPOEMA II - 3min4s. 

Direção e poesia de Rafael Cesar com Teias Urbanas. Brasil, 2020. 


Rafael Cesar, idealizador do projeto literário Teias Urbanas, nascido em 1988, é professor de História da rede pública estadual do Amazonas. Publicou os livros de poesia 'A emoção e os Rastros' (2014); 'Teias Urbanas' (2019) e Corpo Cidade (2021). Através do projeto lançou a  'Exposição Digital – Videopoesias na rua'. Pesquisa, além de poesia, performance e palhaçaria, atuando na cidade de Manaus em diversos curtas-metragens e nos grupos de palhaçaria 'Roda na Praça' e o diretório de pesquisa ‘Tabihuni’.VIDEOP[OEMA II 


TeiasUrbanas https://www.instagram.com/teiasurbanas/

Montagem: Icaro Lima

Trilha Sonora: Jeorgio Claudino https://www.instagram.com/jioclaudino/


Sinopse: 

As ruas de Manaus são palco de inúmeras histórias e seus muros guardam muitas poesias (ao menos para aqueles que queiram ver entrelinhas). Apesar da aridez, há um convite no ar de compor esse grande poema urbano coletivo. Histórias caladas e silenciadas, poesias esquecidas e invisibilizadas. A videopoesia tenta olhar para essas frestas e enxergar essas marcas deixadas na pele da cidade como quem passa o dedo numa cicatriz e imagina o dia do corte.


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MUJER INVISIBLE - 1min50s. 

Direção e poesia de Cristina Ruberte París. Espanha, 2024.


Cristina Ruberte París

Poeta e videopoeta. Saragoça (España). Mestre em Humanidades, Arte Contemporânea e Literatura. Graduado em Comunicação. Graduado em Ciências da Informação. Diploma em Docência. Com inúmeros prêmios e menções honrosas em importantes concursos internacionais de poesia e videopoesia.


Cristina Ruberte París: diretora e autora da poesía.


Sinopse: 

Um agradecimento às mulheres que denunciam o invisível.


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[COSMOGÔNICOS] - 3min33s. 

Direção de Yghor Boy. Poesia de Antonio Martinelli. Brasil, 2024. 


Videoartista e fotógrafo, Yghor Boy desenvolve projetos nos campos da arquitetura, do teatro, do cinema e das artes visuais. Atualmente, encontra-se engajado no registro fotográfico e audiovisual do processo de reforma do Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Em 2022, em parceria com o fotógrafo Ubiratan Suruí, foi responsável pela captação de imagens e edição do conteúdo das projeções do espetáculo “Amazonias - Ver a Mata que te Vê [um Manifesto Poético]”, produzido pelo Sesc SP. Em 2021, co-dirigiu com Maria Thais o longa-metragem “Territórios de Resistência: Florestanias - Sertanias - Ribeirias”, disponível nas plataformas Sesc Digital e SescTv. Desde 2020, trabalha em parceria com Antonio Martinelli na produção de videopoemas a partir da obra do autor e de outras escritoras. 


Antonio Martinelli é poeta, jornalista e gestor cultural. Autor de Tetralogia da Peste [dois tempos, uma cidade], publicado pela N-1 Edições e [gaia], publicado pela Editora Quelônio. Integrou a coletânea 2020: o ano que não começou, da editora Reformatório. Tem poemas publicados nas revistas Pessoa, Continente, USO e Glac. Trabalhou na Revista Caros Amigos. Desde 2005, trabalha no SESC São Paulo. Foi curador e coordenador do projeto "Brasil, país homenageado na Feira do Livro de Frankfurt", em 2013, na Alemanha. Participou de juris e comissões nas áreas de dramaturgia, bibliotecas e literatura.  


Autor da poesia: Antonio Martinelli

Diretor e editor: Yghor Boy - @yghorboy

Intérprete: Zélia Duncan


Sinopse;

[cosmogônicos] empresta o que sobrou do assombro do olhar humano frente a grandiosidade da natureza, reafirmando que são as palavras e os gestos da humanidade que alimentam o caos de um mundo em ruínas. Este vídeo-poema reflete sobre as relações das criações e destruições da humanidade, suas causas e consequências com a natureza e o planeta. Um Ode ao Cosmos e à Gaia, espécie de último canto que ressalta as relações entre a humanidade, seus impulsos instintivos e as dimensões sensitivas, e as contradição com a linguagem, a ciência e a filosofia racionalistas e instrumentalizadas, em uma era de fim - antropoceno - e novos começos - novos mundos porvir.


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ROSTROVIVO - 5min. 

Direção de Sebastián Amil. Poesia de Claudia Amil Martín. Argentina, 2024.

Claudia Amil nasceu em Buenos Aires, onde estudou filosofia. Especializou-se em filosofia do espaço e estética na Alemanha. 

Sebastian Amil nasceu em Buenos Aires onde estudou arquitetura. Faz mostras individuais e coletivas em Buenos Aires, Alemanha e Espanha como artista plástico e visual. 


Direção e arte de Sebastián Amil. 

Poesia de Claudia Amil Martín.


Sinopse:

Rostrovivo é a segunda parte de uma obra que começou com Cuerpovivo. A escultura de barro, a obra fotográfica e sua transformação visual e cinética como uma obra integral. 


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A DISTÂNCIA - 2min35s. 

Direção e poesia de Talita Tibola. Brasil - Itália, 2024. 


Talita Tibola é escritora, psicóloga, tradutora e pesquisadora. Nas áreas em que atua, a arte e a palavra ocupam o centro como ferramenta de encontro e escuta. Em 2022 publicou Ainda morreremos tanto e será só o começo pela editora Urutau, o livro ficou em segundo lugar no Prêmio Book Brasil na categoria poesia. Em 2023 lançou Paquiderme, seu segundo livro de poemas, pela editora Patuá. 


Direção, roteiro e montagem: Talita Tibola @talita.tibola

Poema: Talita Tibola

Filmagens: Guido Vitelloni

Digitalização das imagens: Fondazione Home Movies @archiviohomemovies


Sinopse: 

A perda de memória de um homem provoca o encontro entre mãe e filha.


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ASSIM TE VEJO ÁRVORE - 4min52s. 

Direção de Aryane Vilarim. Poesia de Lara Galvão. Brasil, 2024. 


Aryane Vilarim é comunicadora criativa, cinegrafista e cineasta. Em 2023, participou das filmagens do documentário sobre a atriz Camilla Amado e da cobertura do Festival do Rio. Também atuou como assistente de direção em diversos vídeos publicitários. Em 2024, dirigiu seu primeiro filme “Backstage” que idealizou e roteirizou. 


Lara Galvão é artista, poeta e anda se atrevendo a compor. Em 2020 publicou o livro virtual "meu coração não é de vidro" e mantém desde 2022 a newsletter "Poesia Delivery", onde publica seus versos e investiga obras de outras poetas. Em 2024 lançou ”Submersa” pela Editora Urutau, livro de poemas que abre seus caminhos no mundo editorial. 


Direção Geral: Aryane Vilarim  (@aryanevilarim) 

Cinegrafista: Aryane Vilarim

Colorização: Aryane Vilarim

Autoria do poema: Lara Galvão (@lalaragalvao)

Locução: Lara Galvão

Trilha-sonora baião: Lara Galvão

Roteiro: Lara Galvão e Aryane Vilarim

Acervo de fotos: Glicia Maria Gomes Galvão

Elenco: Elba Nunes Galvão e Lara Galvão 

Sinopse:

Assim Te Vejo Árvore é uma obra sobre memórias passadas entre gerações. Do sertão ao mar. O passar de um tempo que circula entre rios. A relação entre um avô e uma neta traz a poesia como meio para contar histórias. Aqui sentamos ao redor de um ipê amarelo e escutamos com ouvidos atentos.

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CAPÍTULO III- SEIOS D’ÁGUA


TRAVESSIA - 1min. 

Direção de Martha Sales e Felipe Moraes. Poesia de Martha Sales. Brasil, 2023.  


Martha Sales é Sergipana, Ìyálorisá e Professora licenciada em Sociologia, especialista em Antropologia pela UFS (Universidade Federal de Sergipe)e Pós-graduanda em Cinema e linguagem áudio-visual. Roteirista e Diretora do Documentário "Eu, Oxum" (2017), publicou algums artigos científicos, poesias e prosa em duas antologias no ano de 2021 e 2022. Lançou em dezembro de 2022 seu primeiro livro, intitulado Okum d'orin - A poesia que vem do mar, e participou da primeira Mostra de Cine Poesia em 2023 com a Poesia AFLUENTES. Agora em 2024 participa como co-autora em mais 6 antologias com textos inéditos, e que serão lançadas ainda no segundo semestre.  Coordena o Espaço de Arte, Cultura e Educação Omiró -CASA DE MAR-, e é membro do Conselho do MAB (Coletivo de Mulheres de Axé do Brasil). 


Felipe Moraes, montador, editor, colorista, graduado em Cinema e Audiovisual pela UFS. Desde 2012 atua como freelancer em projetos de documentários, filmes institucionais, campanhas em TV, redes, musicais e performances multimídia. Além de ter colaborado nos ultimos anos como diretor e cinegrafista de videoclipes, lives e curta-metragens. 


Do livro OKUM D'ORIN - A Poesia Que Vem do Mar por Martha Sales

Imagens e Edição: Felipe Moraes.  @felipemoraes_____

Voz: Martha Sales

Drone:  Eduardo Freire @eduardo_freire_souza


Aracaju, 2023.


Sinopse:

TRAVESSIA integra o conjunto de 30 poesias do livro OKUM D'ORIN- a poesia que vem do mar-, de Martha Sales,lançado em dezembro de 2022.As imagens utilizadas para compor essa vídeo poesia são fruto da celebração à Yemanjá e a força dessas águas, intitulada Festa de Mar, e que ocorre anualmente às margens e ao longo do Rio Vaza Barris, em Aracaju/Se.  Na vídeo poesia a tradução poética do que representa o fluxo e as idas e vindas através do sagrado, para um lugar mítico de África, mas também vivido e sentido a cada ritual e a cada elemento simbólico desse lugar de renascimento e pertencimento às Religiões de Presenças Africanas no Brasil. Através dessas águas vieram os africanos escravizados em embarcações, trazendo toda bagagem cultural e religiosa, e através dessas águas, simbolicamente falando, mas também enquanto elemento primordial, TRAVESSIA fala dessa África mirada ao longe, mas ao mesmo tempo tão perto, através dos reencontros e vivências nessa viagem e conexões feitas incessantemente.


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POLIRRITMIA - 3min. 

Direção e poesia de Angélica Prieto. Brasil - Portugal, 2023. 


ANGÉLICA PRIETO é atriz, jornalista, assistente de direção e palhaça. Nasceu de uma família imigrante. Mora entre os dois hemisférios desde criança. Entre um país colonizado: o Brasil (figura paterna) – onde vive atualmente desde 2016 -, e um país colonizador: Portugal (figura materna) – onde nasceu em 1991. No Teatro integrou o elenco das peças UMA LEITURA DOS BÚZIOS (SESC), dir. Márcio Meirelles, TERREMOTOS (SESI-SP), dir. Marco Antônio Pâmio, UMA FUTURA SEM PAÍS (Theatro Municipal), dir. Hugo Possolo. Licenciou-se em Ciências da Comunicação: Jornalismo na Universidade do Porto, em Portugal, onde trabalhou como jornalista durante quatro anos, e venceu o Prêmio de Ciberjornalismo português em 2016 (categoria: público), com a reportagem multimídia «Temos de acabar com essa história de gueto, de favela, de cidade partida», publicada no Jornal Expresso – projeto financiado pelo programa Beyond Your World.  


poesia e direção – Angélica Prieto

idealização - Angélica Prieto e Antonio Leal

videografia - Antonio Leal 

composição e trilha sonora - Giovani Di Ganzá

performance / voz - Angélica Prieto


Sinopse:

  1. ouça de fones, se os tiver - funciona sem também;
    2. tenha paciência, se a tiver - o vídeo contém silêncios e tem mais de 15 segundos, o que pode gerar ansiedade e/ou desinteresse;
    3. absorva com o coração, se o tiver a bater - o mundo anda esquisito; 


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SONHO EM RUÍNAS - 4min30s. 

Direção e poesia de Priscila Nascimento. Brasil, 2024. 


Priscila Nascimento é graduada em cinema pela UFPE, realizou os curtas Notícias de São Paulo, Noite Fria e Fim de um mundo, premiada pelo roteiro de Ruínas da memória, atualmente desenvolve seu primeiro longa metragem e seu primeiro roteiro de Série. 


Direção, texto, edição de som montagem : Priscila Nascimento

https://www.instagram.com/_prinps/

Atuação de imagem : Iyadirê Zidanes
https://www.instagram.com/iyazidanes/

Atuação de Voz: Maria Rita do Nascimento


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IRA - 1min15s. 

Direção e poesia de Ana Morena Rosa. Brasil, 2024. 


Ana Morena Rosa é Doutora em Filosofia da Arte e formada em Canto Popular. Descendente de duas famílias compostas por músicos, poetas e artistas plásticos – dentre eles, seu tio José Kleber, poeta aclamado no memorial de Paraty –; desde cedo foi incentivada a desenvolver seus dons artísticos, tanto no campo prático quanto no campo acadêmico. Alçando seu voo, por isso, desde muito criança, na arte, em todas suas faces.


Ana Morena Rosa: Música:  Ira (composição eletrônica própria) / Direção / Produção / Autoria / Mixagem de vídeo / Mixagem de som / Música  / Imagem


Sinopse:

Ira. Uma poesia desafio-desabafo, escrita em um instante de ira com inspiração de arte. Esse vídeo-poesia foi, por sua vez, inspirado pelas palavras escritas, assim como os movimentos morfológicos que o compõe; convida o espectador a uma estranheza de expressões e gestos; ao desconforto, a um romper do grito, a um adentrar no tempo do sentir, da impulsividade e do silêncio ensurdecedor.


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DES…INCÔMODOS REDUX - 4min59s. 

Direção e poesia de Fernanda Metello. Brasil, 2024.


Fernanda Metello vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro. Artista Visual, compositora, guitarrista e arquiteta (FAU/UFRJ). Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Finalizou Mestrado em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. Idealizadora do “Paquetá Experimenta Arte Contemporânea”. Possui o trabalho VODA l Fernanda Metello, onde pesquisa os limites entre as artes visuais e a música.


A autoria criativa da composição, textos, filmagens, sonoridades, edição e direção geral da obra audiovisual “Des...incômodos l Redux ” é de VODA l Fernanda Metello  @fernandametello  @voda_lk12

Sinopse:

Des...incômodos. Recorte de um período em que o mundo paralisou. Um respiro em um intervalo de tempo durante as ações cotidianas. Incômodos em cômodos. Presa, mas viva... ainda viva. Tentativas de descompressão numa caminhada na rua mais próxima, no contato com a água em meio à natureza urbana, tomando fôlego. O instante dúbio, eterno e breve. Volta-se ao mundo real. Des...incômodos permanentes. 

Todas as imagens e sons captados durante a pandemia: 2020/2021 

Edição do vídeo, gravação guitarras e finalização: fev/2022 por VODA l Fernanda Metello. 

O vídeo versão 10’39” foi exibido no F(r)esta - Festival virtual de improvisação e arte sonora em 15/04/2022. 

A versão “Des...incômodos l REDUX” e edição/inserção do texto foi elaborada especialmente para a 2ª Mostra de Poesia de Cine Experimental 2024.

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